Professor Vladmir Silveira

Author name: Professor Vladmir Oliveira da Silveira

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Oito maneiras de superar a crise da poluição por resíduos

A humanidade gera entre 2,1 bilhões e 2,3 bilhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos por ano. Quando administrado de forma inadequada, grande parte desse lixo – de alimentos e plásticos a eletrônicos e têxteis – emite gases de efeito estufa ou produtos químicos venenosos. Isso prejudica ecossistemas, inflige doenças e ameaça a prosperidade econômica, prejudicando desproporcionalmente mulheres e jovens. No dia 30 de março, o mundo vai assinalar o Dia Internacional do Resíduo Zero. A data, liderada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), destaca a importância da gestão adequada dos resíduos. Também se concentra em maneiras de controlar o consumo conspícuo que está alimentando a crise do lixo. “O consumo excessivo está nos matando. A humanidade precisa de uma intervenção”, diz o  secretário-geral da ONU, António Guterres. “Neste Dia do Resíduo Zero, vamos nos comprometer a acabar com o ciclo destrutivo do desperdício, de uma vez por todas.” https://youtu.be/Tb7BLupWO-U Aqui estão oito maneiras de adotar uma abordagem de resíduo zero: 1. Combater o desperdício de alimentos Cerca  de 19% dos alimentos disponíveis para os consumidores são desperdiçados anualmente, apesar de 783 milhões de pessoas passarem fome. Cerca de 8% a 10% das emissões de gases de efeito estufa do planeta vêm da produção de alimentos que acabam sendo desperdiçados. Há muitas maneiras de virar essa maré. Os municípios podem promover a agricultura urbana e usar resíduos alimentares na criação de animais, agricultura, manutenção de espaços verdes e muito mais. Eles também podem financiar esquemas de compostagem de resíduos alimentares, segregar o desperdício de alimentos na fonte e proibir alimentos de lixões. Enquanto isso, os consumidores podem comprar apenas o que precisam, incluindo frutas e vegetais menos atraentes, mas perfeitamente comestíveis, armazenar alimentos com mais sabedoria, usar sobras, compostar restos de comida em vez de jogá-los fora e doar alimentos antes que estraguem, algo facilitado por uma série de aplicativos. A recuperação já está no cardápio em alguns lugares. Em Vallès Occidental, Espanha, os municípios estão redistribuindo o excedente de alimentos saudáveis para os marginalizados. Enquanto isso, na Nigéria, a organização sem fins lucrativos No Hunger Food Bank trabalha com a comunidade indígena Adeta para reduzir as perdas pós-colheita reciclando cascas de mandioca em ração animal. Combater o desperdício de alimentos e promover dietas saudáveis são medidas fundamentais para acabar com a insegurança alimentar, dizem os especialistas. Foto: AFP/Patrick Hertzog 2. Tratar os resíduos têxteis Menos  de 1% do material usado para produzir roupas é reciclado em novos itens, resultando em mais de US$ 100 bilhões em perda anual de valor material. A indústria têxtil também usa o equivalente a 86 milhões de piscinas olímpicas de água todos os anos. Para combater isso, a indústria da moda precisa se tornar mais circular. Marcas e varejistas podem oferecer modelos de negócios e produtos mais circulares que duram mais e podem ser refeitos, os governos podem fornecer infraestrutura para coletar e classificar tecidos usados, comunicadores – incluindo influenciadores e gerentes de marca – podem mudar a narrativa de marketing da moda e os consumidores podem avaliar se suas compras de roupas são necessárias. “O desperdício zero faz sentido em todos os níveis”, diz Michal Mlynár, Diretor Executivo Interino da ONU-Habitat. “Ao reter materiais na economia e melhorar as práticas de gestão de resíduos, trazemos benefícios para nossas economias, nossas sociedades, nosso planeta e para nós mesmos.” 3. Evite o lixo eletrônico Eletrônicos, de computadores a telefones, estão entupindo lixões em todo o mundo, à medida que os fabricantes incentivam continuamente os consumidores a comprar dispositivos novos. Por meio de políticas robustas, os governos podem incentivar os consumidores a manter seus produtos por mais tempo, ao mesmo tempo em que pressionam os fabricantes a oferecer serviços de reparo, uma mudança que traria uma série de benefícios econômicos. Podem também implementar  uma responsabilidade alargada do produtor, uma política que pode garantir que os produtores de bens materiais são responsáveis pela gestão e tratamento dos resíduos. Isso pode manter matérias-primas e bens no ciclo econômico e inspirar a prevenção de resíduos do consumidor, o design ecológico e a otimização da coleta de resíduos. “À medida que o mundo se afoga em resíduos, a humanidade deve agir”, diz Sheila Aggarwal-Khan, diretora da Divisão de Indústria e Economia do PNUMA. “Temos as soluções para resolver a crise de poluição por resíduos. Só precisamos de comprometimento, colaboração e investimento de governos, empresas e indivíduos para implementa”. O monitoramento de dados pode ajudar a identificar tendências na gestão de resíduos e ajudar a criar um design mais inteligente. Foto: PNUMA/Duncan Moore 4. Reduzir o uso de recursos em produtos O uso de matérias-primas mais do que triplicou nos últimos 50 anos, impulsionando a destruição de espaços naturais e alimentando a tripla crise planetária das mudanças climáticas, da perda de natureza e biodiversidade, da poluição e do lixo. Os produtores podem seguir padrões de design ecológico determinados nacionalmente para reduzir o uso de energia e recursos, minimizando produtos químicos perigosos na produção. Essas normas também garantem que os produtos sejam duráveis, reparáveis e recicláveis durante o uso. Isso deve ser parte de um esforço maior para projetar produtos por meio do que é conhecido como a abordagem do ciclo de vida. Isso implica reduzir o uso de recursos e as emissões para o meio ambiente em todas as etapas da vida de um produto, desde a produção até a reciclagem. 5. Acabar com a poluição plástica Os plásticos são comumente usados em eletrônicos, têxteis e produtos de uso único. Cerca  de 85% das garrafas, recipientes e embalagens de plástico descartáveis acabam em aterros sanitários ou são mal geridas. Como o plástico não se biodegrada, ele contribui para grandes impactos na saúde, já que os microplásticos se infiltram em fontes de alimentos e água. Além de eliminar gradualmente os plásticos de uso único e melhorar a gestão de resíduos, o estabelecimento de um sistema global de monitoramento e relatórios pode ajudar a acabar com a poluição por plásticos. 6. Tratar os resíduos perigosos Os produtos químicos são predominantes na vida diária – os eletrônicos podem conter mercúrio, os cosméticos podem ter chumbo e os suprimentos de limpeza geralmente têm poluentes orgânicos

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Como dados de biodiversidade se relacionam com diferentes temas de interesse público?

Como o jornalismo e a ciência podem trabalhar juntos para  aprofundar a compreensão pública sobre o valor da biodiversidade? E, assim, ajudar na promoção de estratégias eficazes de conservação e restauração da natureza? O Centro Latinoamericano de Investigación Periodística (El Clip) e o Instituto Serrapilheira se uniram para oferecer um workshop e bolsas de criação para jornalistas. O objetivo é a produção de reportagens investigativas baseadas em dados sobre a biodiversidade da Amazônia, bem como sua relação com serviços ambientais (como o controle do clima e o fornecimento de água) com a economia e políticas públicas. Para isso, os jornalistas terão acesso a dados de biodiversidade de uma plataforma recém-criada e trabalharão lado a lado com os cientistas responsáveis, vinculados ao Serrapilheira. Buscamos, assim, fomentar a colaboração jornalística e científica além das fronteiras nacionais e ampliar a cobertura sobre o tema. Os jornalistas selecionados participarão de um workshop presencial no Brasil e receberão apoio financeiro e científico do Serrapilheira para a realização de suas investigações, além de mentoria e apoio editorial e de dados do El Clip. O workshop incluirá treinamento com os cientistas responsáveis pela criação da plataforma de dados, além de metodologias de análise, coleta e limpeza de dados. Ao final do projeto, as histórias serão publicadas pelos veículos selecionados em parceria com El Clip. Perfil dos participantes Esta é uma chamada pública voltada para jornalistas com experiência em investigação, preferencialmente em temas ambientais, ou que já tenham reportado na Amazônia sobre assuntos diversos (sociais, ambientais, econômicos etc.). É desejável, mas não obrigatório, o conhecimento de técnicas de jornalismo de dados. Os candidatos devem ser oriundos da América Latina, preferencialmente dos países amazônicos (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela). Os candidatos podem ser vinculados a um veículo de comunicação ou serem freelancers, desde que apresentem uma carta de compromisso de um veículo interessado em publicar as reportagens em parceria com El Clip. O workshop será ministrado em espanhol e português. Os candidatos devem estar confortáveis em participar de um treinamento que vai misturar os dois idiomas. Serão selecionados candidatos que apresentem pré-propostas de investigações jornalisticamente relevantes, nas quais a biodiversidade e sua relação com outros temas de interesse público tenham um papel central. Além disso, devem demonstrar como as investigações serão estruturadas a partir do trabalho com dados e seu potencial de colaboração com cientistas e colegas de outros países. Etapas e condições do programa Etapa 1 – Workshop presencial Serão selecionados até 12 jornalistas para participar de um workshop presencial no Rio de Janeiro, entre 10 e 14 de fevereiro de 2025. O Serrapilheira vai cobrir os custos de transporte para o Rio de Janeiro dentro da América Latina, bem como a hospedagem no local selecionado pela organização. Na programação, estão previstas aulas, debates, estudos de caso e atividades práticas abordando temas como jornalismo colaborativo, construção de bases de dados para investigações jornalísticas, biodiversidade na Amazônia e propostas de novos formatos de narrativas jornalísticas para abordar o tema. Após o workshop, os jornalistas terão até duas semanas para refinar sua proposta de reportagem. Etapa 2 –  Bolsa de criação Os participantes receberão um aporte financeiro mensal em valor equivalente a 600 (seiscentos) dólares, durante 3 meses, além de mentoria e acompanhamento editorial do El Clip no processamento, análise e visualização de dados das histórias. Os jornalistas receberão também o suporte científico dos pesquisadores vinculados ao Serrapilheira. O pagamento dos aportes mensais estará vinculado a entregas periódicas de rascunhos e desenvolvimento da reportagem, nos prazos a serem definidos pelos organizadores. Durante esta etapa, os bolsistas participarão ainda de reuniões online para trocar descobertas, desafios e histórias que possam estar conectadas, continuando o aprendizado colaborativo. Etapa 3 – Publicação  O programa culminará com a publicação simultânea das histórias em diferentes países e meios de comunicação, contando com a coordenação do El Clip na estratégia de distribuição geral nas redes sociais e websites. Processo seletivo No período entre 15 de outubro e 5 de novembro, os candidatos deverão preencher o formulário de inscrição (https//serrapilheira.fluxx.io) com as perguntas abaixo. As propostas serão avaliadas por um comitê de especialistas. Candidatos pré-selecionados serão convidados para uma entrevista. Perguntas do formulário de inscrição (*) preenchimento obrigatório Cadastro Nome* E-mail* Gênero* Raça/Cor* Proposta Conte-nos quem é você em uma minibiografia (até 600 caracteres) Linkedin:  País de origem*  Cidade* Estado* Nome do veículo que publicará o trabalho*  Conte-nos mais sobre o veículo que publicará a história e sua relação com ele (Até 600 caracteres) Escreva um parágrafo de motivação explicando seu interesse neste programa (até 800 caracteres) Escreva sua proposta de projeto de investigação jornalística a ser realizada no âmbito deste projeto (até 2000 caracteres). A proposta deve incluir: a) A pergunta que deseja responder com a investigação; b) Quais são as principais fontes já identificadas; c) Qual seria a história mínima e qual seria a história perfeita que resultaria do trabalho; d) Qual seria o formato pretendido. Inclua um link para seu trabalho mais recente/relevante relacionado ao tema do programa (em português, espanhol ou inglês): Link 1: Descreva brevemente este trabalho e explique por que ele é relevante (até 1000 caracteres): Já obteve financiamento e treinamento para realizar algum projeto similar? * Sim, financiamento e/ou treinamento do Serrapilheira Sim, financiamento e/ou treinamento de outra instituição Não Se marcou sim, conte qual foi o projeto e o financiador (Até 500 caracteres) Qual o seu nível de familiaridade com o uso de planilhas (Excel, Google Sheets, etc.)? Nenhuma experiência Básico: Consigo inserir dados e fazer cálculos simples Intermediário: Consigo usar fórmulas e organizar dados Avançado: Consigo criar gráficos, tabelas dinâmicas e usar funções complexas Você já trabalhou com conjuntos de dados grandes? Se sim, pode descrever uma experiência? (até 300 caracteres) Sim Não Liste aqui as principais bases de dados que pretende usar em sua investigação (até 300 caracteres) Cronograma Abertura do sistema de inscrições 15 de outubro de 2024 Encerramento das inscrições 5 de novembro de 2024 Divulgação dos selecionados 3 de dezembro de 2024 Bootcamp online preparatório para o workshop 3

Concursos

MCTI lança concurso com 7 vagas imediatas para o Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) publicou, na terça-feira (22), o edital de concurso público para o Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP), em Cuiabá (MT). No total, são sete vagas imediatas e 28 cargos reservas  com remunerações iniciais que podem chegar a R$ 13 mil. “Esse talvez seja o nosso concurso mais importante, exatamente porque ele é nosso primeiro”, comemora o diretor do instituto, Paulo Teixeira de Sousa Jr. As inscrições serão abertas em 19 de novembro e terminam em 9 de dezembro, no site do Cebraspe, banca examinadora da prova. Para se candidatar aos cargos de pesquisador e tecnologista, é necessário nível superior . Do total de vagas imediatas, são cinco para pesquisadores nas especialidades Fitoquímica; Biologia Molecular; Ecologia de Áreas Úmidas – Vegetação; Hidrologia e Ecologia de Áreas Úmidas – Vertebrados; uma para tecnologista em gestão laboratorial e uma para tecnologista analista de banco de dados. As 28 vagas reservas são distribuídas em 20 para pesquisadores, quatro para gestão laboratorial e quatro para analista de banco de dados. O processo de seleção tem até quatro etapas. Uma prova discursiva de caráter eliminatório e classificatório para todos os cargos; defesa pública de memorial (apenas para o cargo de pesquisador adjunto); apresentação do projeto de pesquisa (apenas para o cargo de pesquisador adjunto); e análise de títulos e currículo para todos os cargos. A prova está prevista para ser aplicada em 2 de fevereiro e deve ter duração de três horas. Para se candidatar, a taxa de inscrição deve ser paga e o valor varia entre R$ 120 (tecnologistas) e R$ 150 (pesquisadores). A isenção da taxa pode ser solicitada por inscritos no CadÚnico ou doadores de medula óssea. Para mais informações, acesse o edital. Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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O que é o Marco Global da Biodiversidade?

Marco Global da Biodiversidade estabelece metas para deter e reverter a perda da natureza até 2050. Em meio a um perigoso declínio da biodiversidade que ameaça a sobrevivência de 1 milhão de espécies, o Marco Global é esperança de um futuro mais sustentável, para as pessoas e para o planeta. Reunidos em Cali, na Colômbia, mais de 190 países estão analisando, pela primeira vez, o progresso na implementação do Marco Global. Para frear a extinção de espécies de plantas e animais: Mais de 190 países estabeleceram em 2022 um pioneiro plano de ação o Marco Global da Biodiversidade. Ele estabeleceu 23 metas que precisam ser cumpridas até 2023 e 2050: Metas a serem alcançadas até 2030, incluem – Garantir conservação de 30% da terra, mar e águas interiores; Restaurar 30% dos ecossistemas degradados pela ação humana; E até 2050, é necessário: Garantir a partilha equitativa de benefícios da biodiversidade; Deter a extinção de espécies induzida pelo homem; Fonte: ONU Brasil

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Você sabia que o Brasil faz parte da história da ONU desde o início?

Reafirmar a fé nos direitos fundamentais, na dignidade e no valor do ser humano e na igualdade de direitos entre os homens e as mulheres.” – Carta das Nações Unidas. Há 79 anos, esse é o norte que guia o trabalho da ONU no Brasil e em todo o mundo. O Brasil faz parte da história da ONU desde o início, quando, em 1945, se uniu a outros 50 países para fundar as Nações Unidas. Essa história de parceria está completando 79 anos e continua, enquanto trabalhamos juntos pela paz, segurança e um futuro melhor para todas as pessoas, em todos os lugares. No final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, o Brasil se uniu a 50 países na conferencia sobre organização Internacional, que elaborou a carta da ONU. E tem mais: O Brasil foi um dos poucos países com mulheres em sua delegação! Bertha Lutz, cientista e diplomata brasileira foi uma das quatro mulheres que assinaram a carta da ONU. Ela liderou uma coalizão de líderes latino-americanos que garantiu a inclusão da igualdade de gênero na carta da ONU. “Nunca haverá paz no mundo se as mulheres não ajudarem a criá-la” – Bertha Lutz Fonte: ONU Brasil

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Relatório sobre a Lacuna de Emissões 2024

À medida que os impactos climáticos se intensificam globalmente, o Relatório sobre a Lacuna de Emissões 2024: Chega de calor… por favor! constata que as nações devem apresentar ambição e ação muito mais fortes na próxima rodada de Contribuições Nacionalmente Determinadas, ou a meta de 1,5°C do Acordo de Paris não será alcançada em poucos anos. O relatório é a 15ª edição de uma série que reúne muitos dos principais cientistas climáticos do mundo para analisar as tendências futuras das emissões de gases de efeito estufa e oferecer possíveis soluções para o desafio do aquecimento global. O que há de novo no relatório deste ano? O relatório analisa o quanto as nações devem prometer cortar os gases de efeito estufa e cumprir na próxima rodada de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que devem ser apresentadas no início de 2025, antes da COP30. São necessárias reduções de 42% até 2030 e de 57% até 2035 para se chegar a 1,5°C. Se falharmos em aumentar a ambição nessas novas NDCs e se não começarmos a cumprir as metas imediatamente, o mundo entrará na rota de um aumento de temperatura de 2,6 a 3,1 °C ao longo deste século. Isso traria impactos devastadores para as pessoas, o planeta e as economias. Ainda é tecnicamente possível entrar em um caminho de 1,5°C, com a energia solar, a energia eólica e as florestas sendo uma promessa real de cortes rápidos e abrangentes nas emissões. Para concretizar esse potencial, as NDCs precisariam ser amparadas urgentemente por uma abordagem governamental holística, por medidas que maximizem os benefícios socioeconômicos e ambientais, por uma colaboração internacional aprimorada que inclua a reforma da arquitetura financeira global, por uma ação forte do setor privado e por um aumento mínimo de seis vezes no investimento em mitigação. As nações do G20, especialmente os membros que mais emitem, precisariam fazer o trabalho pesado. Leia o relatório completo: https://www.unep.org/pt-br/resources/relatorio-sobre-lacuna-de-emissoes-2024 Fonte: ONU programa para o meio ambiente

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Mais da metade do PIB mundial depende da natureza

Você sabia que 80% das frutas crescem graças aos polinizadores? Sem ecossistemas naturais funcionais, as economias entrariam em colapso. No momento em que a COP16 Colômbia está em andamento, veja como o PNUMA acelera a ação global para promover a paz com a natureza: https://www.unep.org/pt-br/we-are-nature  Dependemos da natureza para nossa própria sobrevivência. Desde os alimentos que comemos até a água que bebemos e a energia que movimenta nossas vidas – a natureza é o nosso bem-estar.    Mas estamos em uma encruzilhada decisiva. A crise da natureza está ameaçando a própria estrutura de toda a vida na Terra – a perda de biodiversidade está acelerando a uma taxa sem precedentes, nossos ecossistemas estão degradados e os benefícios que a natureza proporciona estão diminuindo globalmente devido à produção e ao consumo insustentáveis. Essa perda ameaça nossa saúde, enfraquece as economias e exacerba as desigualdades sociais, colocando as comunidades vulneráveis em maior risco.  Prevenir, interromper e reverter o declínio da natureza não é apenas urgente – é essencial. Agora é a hora de agir e todos nós temos um papel a desempenhar.   Nós somos a #GeraçãoRestauração.  Compatilhe suas ações com a ONU: https://forms.office.com/pages/responsepage.aspx?id=2zWeD09UYE-9zF6kFubccKX1OXZsxW9NtgPryPgb67dUQTZaTFlOSFpESU1IRVdaMFBFRjlEWEtQUi4u&route=shorturl  Fonte: ONU Programa para o meio ambiente

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Crise enfrentada pela natureza é o centro das atenções na cúpula da ONU

Uma importante conferência das Nações Unidas sobre diversidade biológica será realizada em Cali, Colômbia, onde 196 nações discutirão como deter e reverter o declínio do mundo natural. A Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16) apresenta uma agenda de 12 dias repleta de assuntos destinados a ajudar a humanidade a fazer “as pazes com a natureza”, nas palavras do país anfitrião, a Colômbia. Espera-se que os líderes argumentem que esse processo é crucial para promover a paz e apoiar o desenvolvimento sustentável. O encontro acontece em meio a um declínio vertiginoso dos ecossistemas em todo o mundo, que está criando um “amanhã perigoso e incerto”, adverte o secretário-geral da ONU, António Guterres. Em Cali, espera-se que os representantes dos países discutam a implementação do Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal, um acordo histórico de 2022 para deter e reverter a perda da natureza. Eles também explorarão como canalizar bilhões de dólares para que os países em desenvolvimento preservem e gerenciem a biodiversidade de forma sustentável. E debaterão regras inovadoras que poderão exigir que empresas privadas compensem as nações por avanços baseados em sequenciamento genético. “De muitas maneiras, este é um momento decisivo para a natureza e, por extensão, para muitas comunidades em todo o mundo”, diz Susan Gardner, diretora da Divisão de Ecossistemas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). “A degradação ambiental está alimentando a pobreza, provocando deslocamentos e desencadeando conflitos. Nos últimos anos, vimos países assumirem compromissos ousados para enfrentar a crise da natureza. Durante as próximas duas semanas, precisamos ver essas promessas transformadas em ação.” Veja a seguir uma visão mais detalhada do que esperar da COP16. Por que se chama COP16?  Em 1992, 150 nações assinaram a Convenção sobre Diversidade Biológica, um acordo global para apoiar o desenvolvimento sustentável por meio da proteção da teia da vida na Terra. Isso marca a 16ª Conferência das Partes (COP) desse acordo, que desde então passou a incluir 196 nações.   Na COP16, espera-se que os líderes mundiais, a sociedade civil, os cientistas e outros se concentrem na mensagem de que a humanidade está ficando sem tempo para salvar o mundo natural – e, por extensão, a si mesma. Crédito: AFP/Joaquin Sarmiento  Qual será o tema subjacente da COP16?  Líderes mundiais, cientistas, grupos de jovens, profissionais de finanças e outros participarão do que tem sido chamado de “COP das pessoas”. Espera-se que eles se concentrem na mensagem de que a humanidade está ficando sem tempo para salvar o mundo natural – e, por extensão, a si mesma. Os recursos naturais e os serviços que a natureza oferece são a base da civilização humana. Mas os ecossistemas em todo o mundo estão sendo degradados e 1 milhão de espécies estão ameaçadas de extinção. Essa crise está consolidando a pobreza, comprometendo as economias e minando qualquer chance de atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Apesar disso, há um sentimento de otimismo na COP16, com os defensores do meio ambiente esperançosos de que a comunidade internacional esteja pronta para aumentar os esforços para enfrentar essa crise da natureza. “Por muito tempo, a humanidade se viu separada da natureza”, diz Gardner. “Essa perspectiva está começando a mudar e a COP16 será uma oportunidade importante para reforçar a mensagem de que a humanidade e a natureza estão intrinsecamente ligadas.” Por que a COP16 é importante?  Será a primeira vez que os países se reunirão desde a adoção do Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal em 2022. O marco contém 23 metas inovadoras projetadas para proteger o mundo natural e que devem ser cumpridas em 2030. Os países concordaram em atualizar seus planos nacionais para cumprir essas metas quando chegarem à COP16, que apresentará uma verificação do status de como as nações estão se saindo. “Para que essa conferência seja um sucesso, precisamos ver evidências de que os países estão se esforçando e traduzindo as ambições do Marco Global de Biodiversidade em ações em nível nacional”, disse Gardner.   Espera-se que as discussões na COP16 se concentrem em como as comunidades podem se beneficiar dos avanços baseados no sequenciamento genético. Crédito: AFP/Joaquin Sarmiento   Que papel a genética desempenhará na COP16?  Um papel potencialmente enorme. Os países se comprometeram a compartilhar de forma mais ampla os lucros provenientes dos avanços baseados nas informações genéticas de plantas, animais e outros seres vivos. Essas informações, que incluem o DNA, são armazenadas digitalmente e usadas por empresas para desenvolver tudo, desde produtos de beleza até medicamentos e plantações de alto rendimento. Os governos concordaram em criar um mecanismo de financiamento que canalizaria parte dos lucros do uso das chamadas informações de sequenciamento digital para a conservação da biodiversidade e para as comunidades que protegem a natureza. Mas ainda não foi especificado quais empresas contribuiriam para o fundo, quanto deveriam contribuir ou como o dinheiro seria distribuído. Os negociadores tentarão responder a essas questões espinhosas na COP16. Os observadores dizem que essas negociações serão acompanhadas de perto pelos participantes dos setores cosmético, farmacêutico e agrícola. Uma ideia em discussão prevê que as empresas contribuam com 1% de seus lucros para o mecanismo de financiamento, um número que poderia chegar a dezenas de bilhões de dólares. O financiamento terá destaque nas discussões?  Sim. As discussões se concentrarão em como aumentar o volume de dinheiro dedicado à natureza. O Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal exige que os países reduzam os subsídios prejudiciais ao meio ambiente em US$ 500 bilhões por ano e gastem US$ 200 bilhões anualmente na implementação de seus planos nacionais de biodiversidade. Como parte desse acordo, as nações desenvolvidas se comprometeram a fornecer às nações em desenvolvimento US$ 20 bilhões anuais para apoiar o trabalho relacionado à biodiversidade até 2025. Na COP16, serão realizadas discussões sobre os arranjos institucionais para o financiamento da biodiversidade e espera-se que os países adotem uma abordagem atualizada para a mobilização de recursos financeiros. O progresso nesses pontos seria um “sinal inicial importante” de que os países desenvolvidos estão comprometidos em cumprir as ambições do Marco Global de Biodiversidade, disse Gardner. “O financiamento é crucial para o sucesso do Marco Global de Biodiversidade”, acrescentou ela. “Sem ele,

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A ONU divulga o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável sobre educação

Objetivo 4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos 4.1 Até 2030, garantir que todas as meninas e meninos completem o ensino primário e secundário livre, equitativo e de qualidade, que conduza a resultados de aprendizagem relevantes e eficazes 4.2 Até 2030, garantir que todos as meninas e meninos tenham acesso a um desenvolvimento de qualidade na primeira infância, cuidados e educação pré-escolar, de modo que eles estejam prontos para o ensino primário 4.3 Até 2030, assegurar a igualdade de acesso para todos os homens e mulheres à educação técnica, profissional e superior de qualidade, a preços acessíveis, incluindo universidade 4.4 Até 2030, aumentar substancialmente o número de jovens e adultos que tenham habilidades relevantes, inclusive competências técnicas e profissionais, para emprego, trabalho decente e empreendedorismo 4.5 Até 2030, eliminar as disparidades de gênero na educação e garantir a igualdade de acesso a todos os níveis de educação e formação profissional para os mais vulneráveis, incluindo as pessoas com deficiência, povos indígenas e as crianças em situação de vulnerabilidade 4.6 Até 2030, garantir que todos os jovens e uma substancial proporção dos adultos, homens e mulheres estejam alfabetizados e tenham adquirido o conhecimento básico de matemática 4.7 Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, inclusive, entre outros, por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e não violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável 4.a Construir e melhorar instalações físicas para educação, apropriadas para crianças e sensíveis às deficiências e ao gênero, e que proporcionem ambientes de aprendizagem seguros e não violentos, inclusivos e eficazes para todos 4.b Até 2020, substancialmente ampliar globalmente o número de bolsas de estudo para os países em desenvolvimento, em particular os países menos desenvolvidos, pequenos Estados insulares em desenvolvimento e os países africanos, para o ensino superior, incluindo programas de formação profissional, de tecnologia da informação e da comunicação, técnicos, de engenharia e programas científicos em países desenvolvidos e outros países em desenvolvimento 4.c Até 2030, substancialmente aumentar o contingente de professores qualificados, inclusive por meio da cooperação internacional para a formação de professores, nos países em desenvolvimento, especialmente os países menos desenvolvidos e pequenos Estados insulares em desenvolvimento Fonte: ONU Brasil

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CAPES prestigia lançamento de editais do MCTI para impulsionar a ciência

O anúncio do pacote de editais com medidas para impulsionar a ciência, tecnologia e inovação no país, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Mcti) com diversos parceiros, reuniu representantes da comunidade científica nesta quarta-feira, 16 de outubro. A solenidade aconteceu na sede da Academia Brasileira de Ciências (ABC), no centro do Rio de Janeiro.  Foram lançados cinco novos editais que somam de R$ 3,1 bilhões voltados ao desenvolvimento científico regional e nacional. Os recursos serão distribuídos via Chamada Universal 2024, aumento do número de Bolsas de Produtividade, o Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), o Pró-infra Desenvolvimento Regional e o edital da Finep voltado para Parques Tecnológicos.  A presidente da CAPES, Denise Pires de Carvalho, evidenciou a resiliência da ciência brasileira e sua capacidade de atender às demandas da sociedade. Além disso, enfatizou que o momento é o “da cooperação, mais do que da competição” entre cientistas. O modelo coloca pesquisadores colaborando “em redes, em diferentes regiões do País, de diferentes instituições, para responder às perguntas da atualidade que podem aproximar ainda mais a academia da sociedade”, ressaltou.  A ministra Luciana Santos, do Mcti, discursou destacando a importância da unidade e do diálogo contínuo entre governo, ciência e sociedade para enfrentar desafios nacionais e globais. E com isso, promover políticas públicas eficazes que integrem inovação, inclusão social e desenvolvimento econômico, com exemplos de sucesso como a resistência às restrições orçamentárias e o fortalecimento da ciência e tecnologia no Brasil.  A mesa da solenidade foi composta, ainda, pelo secretário-executivo do Mcti, Luis Fernandes, pela a presidente da ABC, Helena Nader, pelo presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Renato Janine Ribeiro, pelo presidente do CNPq, Ricardo Galvão, pelo presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação, Sílvio Bulhões, pelo presidente do Conselho das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, Odir Dellagostin, e pelo presidente da Financiadora de Estudos e Projetos, Celso Pansera.  Para outras informações sobre os editais, acesse a página do Mcti. Para assistir à cerimônia de lançamento, acesse a página do Mcti no YouTube.  A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC). (Brasília – Redação CGCOM/CAPES) A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura CGCOM/CAPES Fonte: CAPES

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