Professor Vladmir Silveira

Author name: Professor Vladmir Oliveira da Silveira

'Me formar virou um pesadelo': os brasileiros endividados com o Fies
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‘Me formar virou um pesadelo’: os brasileiros endividados com o Fies

Vinícius Lemos – @oviniciuslemos Da BBC News Brasil em São Paulo O ingresso no ensino superior foi a concretização de um sonho, mas anos depois se tornou um pesadelo. Essa é a definição de Michele Pereira sobre o diploma de Administração que ela conquistou no fim de 2015. “Venho da periferia e, até então, ninguém tinha ensino superior entre os meus familiares mais próximos. Achava que a universidade seria a minha chance de crescimento profissional e financeiro”, declara Michele à BBC News Brasil. O pesadelo, diz ela, teve início há quatro anos, quando começou a ser cobrada para pagar as mensalidades do Financiamento Estudantil (Fies). Até hoje, Michele não pagou uma parcela sequer, pois argumenta que não teve condições financeiras para isso. Após se formar, ela não conseguiu trabalho na área em que se formou. Por não ter pagado o financiamento, as parcelas acumularam e o nome de Michele foi negativado. Casos como o dela não são difíceis de encontrar entre pessoas que concluíram o ensino superior por meio do Fies. A situação se tornou ainda mais grave em meio à crise causada pela pandemia de covid-19. Em julho do ano passado, o Fies teve o maior percentual de inadimplência da história: 54.3% dos contratos não foram pagos naquele mês, segundo o Ministério da Educação (MEC), responsável pelo programa. Atualmente há cerca de 1 milhão de inadimplentes com o financiamento, conforme a pasta — pessoas que estão com mais de 90 dias de atraso no pagamento das parcelas. Para especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, é fundamental que o governo discuta formas para facilitar os pagamentos das mensalidades. O Ministério da Educação afirma, em nota à BBC News Brasil, que tem avaliado junto com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) “a publicação de nova renegociação de dívidas”. Porém, ainda não há previsão de quando isso ocorrerá. ‘Imaginava que sairia da faculdade ganhando R$ 7 mil’ Michele iniciou o curso superior em 2012, em uma instituição particular de Governador Valadares (MG). Era o primeiro governo Dilma Rousseff (PT) e o Fies estava no auge. Nesse período, o número de contratos disparou de cerca de 76 mil em 2010 para 732 mil em 2014. Quando ingressou no ensino superior, Michele trabalhava em uma cooperativa de crédito. Foi justamente por causa do emprego que ela decidiu cursar Administração, pois queria conquistar um cargo melhor no local. Sem condições financeiras para arcar com as mensalidades, recorreu ao Fies de forma integral. Os objetivos dela estavam traçados: concluir o ensino superior, conseguir um salário maior e pagar o financiamento sem impactar muito a sua renda. “Imaginava que sairia da faculdade ganhando uns R$ 7 mil. Me lembro que quando comecei no curso havia um banner que dizia que profissionais de Administração ganhavam de R$ 4 mil a R$ 7 mil”, comenta. Ela se formou quatro anos após ingressar no ensino superior. A realidade ao concluir o curso foi completamente diferente da que esperava no passado. Michele estava desempregada e precisava se dedicar integralmente ao filho recém-nascido. Quando começaram as cobranças do Fies, sequer cogitou pagar as parcelas. “Não tinha a menor condição naquele momento”, desabafa. Ela foi colocada no cadastro de inadimplentes. Quando o filho cresceu um pouco, Michele começou a procurar emprego. O nome sujo a impediu de encontrar vaga em uma área na qual ela sempre quis trabalhar. “Desde que eu era menor aprendiz, trabalhava em instituições financeiras, e sempre foi onde eu quis continuar trabalhando”, comenta. “Passei por etapas de entrevistas em instituições financeiras, mas esses lugares não me contratavam porque meu nome está com restrição. Isso é complicado, sequer dão a oportunidade de mostrar trabalho”, diz. Desde que concluiu o curso superior, ela passou cerca de três anos sem um emprego fixo. Hoje, Michele trabalha como vendedora. “Já fiz umas 10 entrevistas para diversos empregos relacionados à Administração, mas o meu nome sujo me impede de ser contratada. Só consegui trabalhos em outras áreas, mas queria mesmo era atuar na minha área, que é para a qual eu estudei e fiz vários cursos”. Ela não tem, ao menos por enquanto, previsão para pagar as parcelas que deixou para trás, que hoje estão em torno de R$ 15 mil. “Há juros em cima de juros e a dívida está cada vez maior”, diz. O contrato do Fies previa que ela quitasse R$ 43 mil referentes ao curso ao longo de 15 anos. “Valeu a pena me formar e ter um diploma de ensino superior. Mas isso virou um pesadelo quando terminei o curso e caí na realidade”, lamenta. ‘Hoje a gente vive decidindo se come ou paga a dívida’ No cenário da pandemia de covid-19, os pagamentos do Fies também foram afetados. Diante da crise sanitária, que impactou duramente a economia, a dívida do financiamento se tornou um duro problema para muitos. “Hoje a gente vive decidindo se come ou paga a dívida do Fies”, desabafa a fisioterapeuta Ilse Silva, de Recife, em Pernambuco. A mulher e o marido usaram o Fies para concluir o ensino superior. Ilse se formou em fisioterapia em 2017. O marido dela, Ivan, concluiu o curso de Engenharia de Produção em 2015. Os dois trabalhavam nas respectivas áreas em que se formaram. Nos primeiros anos, conseguiram pagar as mensalidades de R$ 460 de seus contratos do Fies, R$ 220 de Ivan e R$ 240 de Ilse. Em 2019, Ivan saiu do emprego para abrir uma empresa de automação residencial. Em março de 2020, ele precisou suspender o investimento, enquanto fazia treinamentos e após comprar equipamentos, por causa da pandemia. A situação ficou ainda mais difícil porque Ilse foi demitida. Ivan precisou buscar uma nova fonte de renda. Ele se tornou motorista de aplicativo para conseguir pagar as contas da família — o casal tem dois filhos, de 19 e 17 anos. “Nesse momento comecei a ajustar as contas e a escolher o que manter em dia e o que iria atrasar pela redução financeira em nossa casa. Então, estamos sem pagar o Fies desde

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Oportunidade – Docente de Mestrado UniRitter

Fonte:  VAGAS   Home office Descrição Descrição:Esta pode ser a oportunidade que você estava esperando para seguir uma jornada que tenha ainda mais conexão com o seu propósito profissional e de vida! Fazer parte da UNIRITTER, é acreditar que podemos transformar milhares de vidas pela educação de qualidade, proporcionando a alunas e alunos experiências únicas, personalizadas e inovadoras. Disciplinas disponíveis: Programa de Pós-graduação em Direitos Humanos Orientação de dissertações acadêmicas O que você precisa ter para se candidatar: Titulação de DOUTORADO na área. Ah, e vale lembrar! Nossas vagas também são direcionadas para pessoas com deficiência. Empresa A UniRitter é uma das mais conceituadas e inovadoras instituições de ensino superior de Porto Alegre e Região Metropolitana da Capital. Com 48 anos de mercado, tem mais de 70 cursos de graduação presenciais e semipresenciais, além de ofertar mais de 30 especializações em seus campi. A instituição valoriza o perfil inquieto de seus alunos e tem como missão expandir a experiência acadêmica aliada à responsabilidade socioambiental, formando pessoas para transformar o mundo.

XI Congresso Brasileiro de Direito Empresarial e Cidadania
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XI Congresso Brasileiro de Direito Empresarial e Cidadania

Link para Inscrição: https://www.sympla.com.br/xi-congresso-brasileiro-de-direito-empresarial-e-cidadania__1159855 Link para envio de trabalhos: congresso.ppgd@unicuritiba.com.br   PROGRAMAÇÃO PALESTRAS: 23, 24 e 25 de junho de 2021 GTS: 26 de junho de 2021 MANHÃ 8h00-Abertura – Prof. Dr. Giuseppe Ludovico. Professor Doutor e Pesquisador na Faculdade de Direito da Universidade de Milão. -Profa. Dra Viviane Coelho de Séllos-Knoerr Coordenadora do Programa de Doutorado/Mestrado em Direito da UNICURITIBA -Prof. Dr. Celso Antonio Pacheco Fiorillo Chanceler da Academia de Direitos Humanos -Ministro Alexandre de Souza Agra Belmonte – Presidente da Academia Brasileira de Direito do Trabalho – Profa. Dra. Thereza Cristina Nahas – Diretora da Academia Brasileira de Direito do Trabalho. PAINEL I 1-) 8h00 – Subordinação e técnica na era do trabalho sem lugar e tempo de trabalho. Prof. Dr. Giuseppe Ludovico. Programa de Doutorado em Direito da Universidade de Milão – ITÁLIA 2-) 8h30 – Saúde sustentável e a meta síntese de Alma-Ata. Prof. Dr. Wagner Balera – Academia de Direitos Humanos e Programa de Doutorado/Mestrado em Direito da Universidade Católica de São Paulo – SÃO PAULO. 3-) 9h00 – Tutela jurídica da saúde em face do direito empresarial ambiental brasileiro. Prof. Dr. Celso Antonio Pacheco Fiorillo – Academia de Direitos Humanos e Programa de Doutorado/Mestrado em Direito da UNINOVE – SÃO PAULO. 4-)9h30 –Saúde do trabalhador virtual e suas dimensões no cenário pandêmico. Profa. Dra Viviane Coelho de Sellos-Knoerr e Prof. Dr. Fernando Gustavo Knoerr – Programa de Doutorado/Mestrado em Direito da UNICURITIBA-PARANÁ. 5-)10h00 – Patrimônio imaterial e o desenvolvimento sustentável: o caso das erveiras do ver-o-peso Profa. Dra. Suzy Elizabeth Cavalcante Koury – Programa de Mestrado em Direito Cesupa-PARÁ. 6-)10h30 – Teletrabalho no marco da nova economia Profa. Dra. Thereza Cristina Nahas – Academia Brasileira de Direito do Trabalho 7-)11h00 – Relações saudáveis nas empresas, entre metas e mitos. Profa. Dra. Raquel Cavalcanti Ramos Machado – Programa de Doutorado/Mestrado em Direito da Universidade Federal do CEARÁ. 8-)11h30 – Cidade, Saúde, Empresa e Pós-Pandemia Profa. Dra. Aricia Fernandes Correia –Programa de Doutorado/Mestrado em Direito da Universidade do Estado do  RIO JANEIRO. TARDE PAINEL II 9-)13h00- Judicialização e promoção da saúde diante da COVID-19 Prof. Dr. Carlos Alberto Lunelli – Programa de Doutorado/Mestrado em Direito da Universidade de Caxias do Sul – RIO GRANDE do SUL. 10-)13h30 – Análise da constitucionalidade da concessão de benefícios fiscais sobre produtos e serviços nocivos ao meio ambiente e à saúde humana. Profa. Dra. Ana Paula Basso – Programa de pós-graduação da Universidade Federal da PARAIBA. 11-)14h00 – Sustentabilidade Ambiental. Prof. Dr. Saulo José Casali Bahia – Programa de Doutorado/Mestrado em Direito da Universidade Federal da BAHIA. 12-) 14h00 – Aplicabilidade das normas da OMS no ordenamento brasileiro em prol da tutela do direito à saúde. Prof. Vladimir Silveira – Programa de Doutorado/Mestrado em Direito na Universidade Federal do Mato Grosso Do Sul. 13-)14h30 – Teletrabalho e Direito à saúde : qual o caminho em tempos de pandemia? Profa. Dra. Edith Maria Barbosa Ramos – Programa de Mestrado em Direito da Universidade Federal do MARANHÃO. 14-)15h00 – A saúde pública no Amazonas sob o prisma do desenvolvimento sustentável. Prof. Dr. Adriano Fernandes Ferreira – Programa de Mestrado em Direito da Universidade Federal do Amazonas e do Programa de Mestrado em Direito da Universidade do Estado do AMAZONAS. 15-)15h30 – A efetiva implementação da logística reversa,saúde e qualidade ambiental. Profa. Dra. Virgínia de Carvalho Leal – Gerente Geral de Assuntos Jurídicos da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade o Estado de PERNAMBUCO.   16-)16h00 – Tutela internacional do Direito à Saúde. Prof. Dr. Georgenor de Sousa Franco Filho – Programa de Mestrado em Direito da Universidade da Amazônia- PARÁ. PAINEL III   17-)17h00 – Parceria-Pública Privada e Responsabilidade Ambiental. Profa. Dra. Maria Marconiete Fernandes Pereira – Programa de Mestrado em Direito do Centro Universitário de João Pessoa/UNIPÊ – PARAIBA. 18-)17h30 – Saúde e sustentabilidade : a prática da teoria. Profa. Dra Tânia Lobo Muniz – Programa de Mestrado em Direito da Universidade Estadual de Londrina – PARANÁ. 19-)18h00 – O envolvimento sustentável como antítese do (des)envolvimento : uma proposta de superação Prof. Dr. José Querino Tavares Neto – Programa de Mestrado em Direito da Universidade Federal de GOIAS.   20-)18h30 – Compliance Ambiental: integridade e gestão dos riscos ambientais na proteção da sadia qualidade de vida. Profa. Ms. Flávia de Sousa Marchezini – Faculdade de Direito de Vitória- ESPIRITO SANTO. 21-)19h00 – Saúde e Biotecnologia: perspectivas para o desenvolvimento sustentável. Profa. Dra. Lidia Maria Ribas – Programa de Mestrado em Direito da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul – MATO GROSSO do SUL. 22-)19h00 – Politicas públicas de reconciliação com as primeiras nações indígenas: uma discussão com foco ambiental. Prof. Alex Volnei Teixeira, Ph.D – First Nations University of Canada       PAINEL IV 23-)8h30 – As políticas e os avanços no tratamento dos resíduos sólidos de saúde no Brasil após a PNRS. Profa. Ms. Lorena Saboya Vieira Soares – Programa de Graduação e Pós-Graduação da Universidade Ceuma – MARANHÃO. 24-)9h00 – Mudanças climáticas e impactos à saúde: análise sobre os riscos sociais para as empresas. Profa. Dra Cynthia Carneiro de Albuquerque Suassuna – Universidade Católica de PERNAMBUCO. 25-) 9h30 – Saúde indígena em época de pandemia Profa. Ms. Cristiane Rodrigues de Sá – Faculdade Cathedral de RORAIMA. 26-)10h00 – O direito à educação para o consumo consciente, em face à proteção da saúde e meio ambiente. Prof. Dr. Pablo Jimenez Serrano – Programa de Mestrado em Direito da Universidade Centro Universitário Salesiano SÃO PAULO. 27-)10h30 – Transição energética e proteção da saúde em face do Direito Ambiental Brasileiro Prof. Dr. Flavio Vilella Ahmed – Programa de Doutorado/Mestrado da Universidade Cândido Mendes – RIO DE JANEIRO. 28-)11h00 – Tributação ambiental: avanços e retrocessos Profa. Dra. Denise Lucena Cavalcante – Programa de Doutorado/Mestrado em Direito da Universidade Federal do CEARÁ. 29-)11h30 – Judicialização da Saúde Prof. Dr. Jeferson Dytz Marin – Programa de Doutorado/Mestrado em Direito  da Universidade de Caxias do Sul- RIO GRANDE do SUL. PAINEL V TARDE 30-)13h00- A liberdade de expressão e as “fake news” em

migrantes que buscam vida nova no MS
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CNJ e CNMP aprovam resolução conjunta que institui SireneJud

Foi aprovada, por unanimidade, resolução conjunta que institui o SireneJud, painel interativo de dados ambientais com ferramentas para indicar com precisão o lugar de ocorrência dos danos ao meio ambiente discutidos em ações judiciais ou objeto de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC). O Ato Normativo 0003631-44.2021.2.00.0000 foi julgado nesta terça-feira (15/6) durante a sessão conjunta sob a presidência do presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luiz Fux, e do presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Augusto Aras. Os órgãos do Poder Judiciário e os Ministérios Públicos manterão em seus sistemas eletrônicos informações de preenchimento obrigatório que especifiquem o local do dano ambiental, a partir das coordenadas geográficas dos vértices que definem os limites da área abrangida pela ação judicial ou TAC, e o município de ocorrência do dano ou de cumprimento da obrigação pactuada no TAC. O prazo para adaptação dos sistemas informatizados é de 90 dias. Além disso, cada Conselho regulamentará a criação de comitê gestor que definirá os parâmetros e os requisitos necessários para implantação do painel SireneJud. “Temos que pensar em sinergia de ações, que visem as gerações atuais e futuras. Há mais de um ano vem sendo construída uma base de dados que diz respeito às florestas públicas brasileiras. Esse levantamento identifica onde estão essas florestas, além de apontar onde estão ocorrendo eventuais degradação ambiental, desmatamentos, entre outros”, explicou a relatora da matéria, conselheira Maria Tereza Uille Gomes. Inovação pelo meio ambiente O SireneJud foi desenvolvido a partir de pesquisas realizadas pelo Laboratório de Inovação e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (LIODS), para ser um painel que, além de informações sobre as ações judiciais na temática ambiental, consolide dados abertos de interesse à proteção do meio ambiente. Estarão disponíveis informações sobre terras indígenas, florestas públicas, áreas de proteção ambiental, assentamentos agrícolas sob a gestão do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), dados produzidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre outros. Segundo a conselheira do CNJ, o trabalho da Comissão da Agenda 2030 e do Observatório do Meio Ambiente busca maneiras de combater os crescentes problemas envolvendo a área ambiental. “Ao saber onde há desmatamento, degradação, queimada, desde quando os fenômenos ocorrem e a que propriedade está ligada, fica mais fácil direcionar as ações, bem como gerar um banco de dados profícuo sobre a questão.” O Brasil tem 5.568 municípios e em 1.693 foram identificadas florestas públicas cadastradas no serviço florestal brasileiro, somando mais de 300 milhões de hectares – cerca de 36% do território brasileiro. “A dificuldade estava em conectar esses dados com os dados processuais, por falta de alimentação do campo com o nome do município onde ocorreu o dano ambiental e as coordenadas georreferenciadas, e assim incluir esses processos na Meta Nacional 12 do Poder Judiciário, de priorizar o julgamento das ações ambientais”, afirmou Maria Tereza. “A integração de dados interinstitucionais e a oportuna exibição em painéis de dados abertos inserem o Poder Judiciário brasileiro e o Ministério Público na posição de co-protetores das florestas públicas e do direito fundamental ao clima, de natureza intergeracional”, afirmou a conselheira. A precisão de dados geoespaciais, integrados, entre os Poderes e instituições, aliados ao diálogo interinstitucional, segundo ela, são caminhos essenciais para ampliar a proteção da rede ambiental no país, prevenir e reprimir crimes ambientais. O SireneJud atende aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13, sobre ação contra mudança global do clima; e o ODS 15, que trata da vida terrestre. A medida também tem relação direta com a Meta Nacional 12 do Poder Judiciário, que busca impulsionar processos referentes à temática ambiental. Homenagem A 333º Sessão Ordinária foi a última sessão do mandato da conselheira Maria Tereza Uille no CNJ. Ao final dos julgamentos, o ministro Luiz Fux homenageou a conselheira, destacando o currículo e realizações. Ela foi indicada pela Câmara dos Deputados, ingressando no CNJ em junho de 2017 e com recondução para um segundo mandato em 2019. Fux destacou que Maria Tereza Uille foi a primeira mulher a comandar o Ministério Público do Paraná e também a primeira mulher eleita para presidir a associação representativa dos membros daquela instituição. “A vocação para a promoção da Justiça e dos Direitos Sociais direcionou sua atuação perante o CNJ, onde se dedicou a trabalhos e ações de grande relevância, que muito agregaram às políticas, projetos e julgamentos afetos à competência deste Conselho.” No CNJ, ela participou como presidente da Comissão Permanente dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 2030, e como membro das Comissões Permanentes de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento e de Tecnologia da Informação e Inovação. “Em sua trajetória neste Conselho, Vossa Excelência tem notória atuação em prol dos direitos fundamentais e dos valores que orientam a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, com qual o Judiciário brasileiro se encontra firmemente compromissado”, Fux ressaltou. Lenir Camimura Herculano Agência CNJ de Notícias

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Diálogos sobre Desenvolvimento, Empresa e Sociedade – DDES

Palestra: The declaration of Rivers as entities subject of rights: a new model to protect Water for future generations. Palestrante: Profa. Dra. Yenny Vega (Canadá). Abertura: Prof. Dr. Jonathan Barros Vita (Coord. PPGD UNIMAR). Moderadora: Profa. Dra. Mariana Ribeiro Santiago (PPGD UNIMAR). Debatedor: Prof. Dr. Vladmir Oliveira da Silveira (UFMS/PUCSP).   Link da Transmissão:

Brasileira recebe mesmo reconhecimento que Einstein, Mandela e Darwin
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Brasileira recebe mesmo reconhecimento que Einstein, Mandela e Darwin

Fonte: Exame Angela Villela Olinto é líder no novo campo da “física das astropartículas” e trabalha em projetos com a Nasa; veja sua entrevista exclusiva com a EXAME A física de astropartículas e professora da Universidade de Chicago, Angela Villela Olinto, tornou-se membro da Academia Americana de Artes e Ciências, título que a coloca ao lado de nomes como Albert Einstein, Martin Luther King, Winston Churchill, Nelson Mandela, Charles Darwin e muitos outros. Já na mesma semana, Olinto integrou a Academia Nacional de Ciências, que, só neste ano, elegeu 120 membros, sendo 59 mulheres – o maior número já eleito em um único ano. Em entrevista à EXAME, a professora conta sobre seus projetos com a Nasa e sua liderança no novo campo de astropartículas. Quem é Angela Olinto? Olinto é formada em Física pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e é doutorada em Física pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts. “Na faculdade me interessei por física de partículas e, no doutorado, pela astrofísica. Do pós-doutorado em diante, me dediquei a construir este novo campo que reúne as duas áreas de meu interesse anterior”, diz Olinto sobre seu interesse pelas astropartículas. A especialista é considerada líder no novo campo da “física das astropartículas”, que são partículas que compõem ou interagem com a matéria, como os núcleos atômicos e os neutrinos, que vêm de fontes astrofísicas distantes do sistema solar. De acordo com Olinto, as possíveis fontes das astropartículas incluem “buracos negros supermassivos, galáxias com formação intensa de estrelas, estrelas dissociadas por buracos negros e colisões que produzem ondas gravitacionais”. “O termo “física das astropartículas” representa a aliança interdisciplinar entre a astrofísica e a física de partículas. Estudando as astropartículas, entendemos mais sobre as leis fundamentais da natureza”, diz Olinto. Ao longo da carreira, Angela fez contribuições teóricas e experimentais sobre astropartículas, incluindo pesquisas sobre o estudo da estrutura das estrelas de nêutrons, teoria inflacionária, origem e evolução dos campos magnéticos cósmicos, natureza da matéria escura e a origem das partículas cósmicas de maior energia, como raios cósmicos, raios gama e neutrinos. Projetos com a Nasa Em conjunto com a Nasa, Olinto é responsável pela pesquisa de diversos projetos, entre eles o EUSO-SPB (“Observatório espacial do universo em um balão de superpressão”, em português), um balão de alta pressão que viaja numa altitude de 33 quilômetros. Com previsão de voo para 2023, seu objetivo é detectar raios cósmicos de ultra alta energia. Outro projeto é a futura missão espacial chamada POEMMA (“Sonda dos multi-mensageiros astrofísicos extremos”, em português). “O projeto foi desenhado pelo meu time internacional de quase 80 investigadores para uma missão dedicada a estudar as astropartículas mais energéticas, os raios cósmicos e neutrinos ultra energéticos, e descobrir as suas fontes e interações”, conta Olinto. Se aprovada para construção e voo, a missão espacial ocorrerá ainda no final desta década. O que são as academias de ciências? Fundada em 1780, a Academia Americana de Artes e Ciências homenageia e reúne líderes de todos os campos da atividade para ressaltar novas ideias, abordar questões de importância nacional e mundial e trabalhar em conjunto. Seus estudos ajudam na pesquisa e análise nos setores da política, ciência, tecnologia, segurança global, assuntos internacionais, política social, educação e ciências humanas. Já a Academia Nacional de Ciências é uma instituição privada sem fins lucrativos, que foi estabelecida sob uma carta do Congresso assinada pelo presidente Abraham Lincoln em 1863. Ela reconhece a conquista em ciência por meio de uma eleição do conselho, e – ao lado da Academia Nacional de Engenharia e da Academia Nacional de Medicina – fornece conselhos e pesquisas sobre ciência, engenharia e saúde para o governo federal e outras organizações. Sobre se tornar membro das duas academias em menos de uma semana, Olinto descreve a experiência como “muito emocionante”. “É uma imensa honra ser membro de uma destas duas instituições históricas, as academias mais importantes na ciência nos Estados Unidos. Sou privilegiada por ter seguido perguntas inspiradoras sobre o nosso universo, e ter construído parcerias e colaborações brilhantes no caminho. É uma grande alegria ser reconhecida pelos meus colegas cientistas, especialmente em um ano tão desafiador”, diz Olinto.    Para mulheres brasileiras como Olinto que podem ter interesse no ramo científico, a física deixa a mensagem: “A beleza da ciência, como da arte, é, ou deveria ser, acessível a todos nós. Se esta beleza te inspirar, não deixe ninguém dizer que não é para mulheres. Leia, estude, aprenda com sinceridade e tenha respeito pela beleza complexa da área que escolher. Seguindo a sua intuição, dedicação e convicção, você pode ir muito longe. Como numa escalada, se focar no caminho a frente, quando chegar no alto pode olhar para trás com orgulho da escalada cumprida.”

Origini Italia Program
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Origini Italia Program

Application Period is now open. The Origini Italia Program in Export Management and Entrepreneurial Development is aimed at descendants of Italian emigrants around the world. Besides teaching business management skills and entrepreneurial attitudes, Origini Italia offers participants the opportunity to establish professional and cultural ties with their land of origin. The Program is organized by MIB Trieste School of Management, in cooperation with ITA (Italian Trade Agency), with the local Administration of Friuli Venezia Giulia Region and with other Italian regional organizations. It can count on the institutional support of the Italian Ministry of Economic Development and of the Italian Ministry of Foreign Affairs.   Mais informações: https://bit.ly/34dysPi

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