Professor Vladmir Silveira

Author name: Professor Vladmir Oliveira da Silveira

Notícias

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alesp cobra Metrô por agressão a negro

Fonte: Revista Forum O deputado estadual Emidio de Souza (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), pediu, nesta quinta-feira (21), explicações ao diretor-presidente do Metrô de São Paulo, Silvani Alves Pereira. A medida foi motivada pela agressão por parte de dois seguranças, que atuavam no local, contra um passageiro negro, na frente de seu filho, um bebê com menos de um ano de idade. A cena do assassinato de George Floyd nos Estados Unidos, sufocado por um policial, em 2020, em Minneapolis, quase se repetiu. E não foi a primeira vez que se viu esse tipo de ação em São Paulo. As imagens foram gravadas por outra passageira, que pedia calma aos agentes, enquanto a criança chorava assustada vendo o pai ser agredido. O vídeo foi compartilhado e circulou por grupos antirracistas, denunciando a ação dos agentes. Emidio pediu explicações e solicitou que seja aberta uma sindicância para apurar o comportamento dos agentes, que pertencem a uma empresa terceirizada. Afastamento “É inadmissível este tipo de comportamento por parte da segurança do Metrô, que é um equipamento público. Os agentes estão lá para proteger as pessoas e não para agredir”, afirmou o deputado. No documento enviado ao Metrô, Emidio cobrou o afastamento imediato dos agentes pelo tempo que durar a investigação. O parlamentar também pediu explicações sobre protocolos de abordagem por parte da segurança.

Notícias

Governo federal veta “passaporte da vacina” nas universidades federais

Fonte: Revista Forum A partir de uma consulta da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que fica no Rio Grande do Sul, se poderia obrigar a apresentação do “passaporte da vacina” (comprovante de imunização) para retomar as atividades presenciais, o Ministério da Educação (MEC) e a Advocacia-Geral da União (AGU) responderam negativamente. Em documento assinado pelo MEC e pela AGU, fica estipulado que as universidades federais não podem impedir a volta presencial de servidores e estudantes que optaram por não se imunizarem contra o coronavírus. Dessa maneira, todas as universidades federais ficam impedidas de adotarem medidas que impeçam o retorno às aulas presenciais das pessoas que não se vacinaram. A discussão teve início depois que a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Campinas (Unicamp) revelaram que só poderiam retomar às atividades presencias aqueles que puderem comprovar que estão imunizados. Apesar de terem constitucionalmente o direito à autonomia administrativa, fato que é reconhecido pelo documento produzido pela Consultoria Jurídica do Ministério da Educação (Conjur-MEC), o mesmo documento afirma que a obrigatoriedade do “passaporte da vacina” fere “os direitos fundamentais das pessoas”, entendimento esse que é embasado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Porém, o entendimento que o MEC e a AGU fizeram da posição do STF é equivocado. Ao O Globo, Gustavo Sampaio, professor de Direito Público da Universidade Federal Fluminense, afirma que o entendimento da Corte vai no sentido de que os estados e, consequentemente as universidades e outros órgãos públicos, não podem obrigar as pessoas a se vacinarem, mas podem adotar políticas restritivas àqueles que não se imunizaram. O Ministério da Saúde, em reunião com a reitoria da Universidade de Brasília (UNB), se colocou à disposição para fornecer testes rápidos, mas não foi revelado se tal medida também será adotada para as outras universidades federais. Fiocruz defende “passaporte da vacina” Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) defendem a adoção do “passaporte da vacina” como método para ampliar e estimular a imunização. “O passaporte constitui hoje uma importante estratégia para estimular e ampliar a vacinação, além da disponibilidade de vacinas, sendo necessário elaborar diretrizes nacionais que possibilitem ampliar este processo, uma vez que é crescente o número de municípios que o adotam, cada um definindo seus critérios para os locais onde o documento deve ser exigido”, afirmou boletim da Fiocruz. A obrigatoriedade do “passaporte da vacina” tem sido motivo de disputas judiciais. Além da questão envolvendo as universidades federais, a cidade do Rio de Janeiro também travou semelhante batalha. Após o “passaporte” ser instituído pela prefeitura do RJ, o desembargador Paulo Rangel, do Tribunal de Justiça, suspendeu a medida. Porém, o presidente do STF, Luiz Fux, restabeleceu o decreto municipal. Mais de 200 cidades adotam “passaporte da vacina” Apesar do governo Bolsonaro atuar contra as medidas que visam controlar o coronavírus e, consequentemente, arrefecer a pandemia, mais de 200 cidades já adotaram o “passaporte da vacina”. De acordo com levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), mais de 249 municípios adotaram a medida como forma de controlar o vírus e restabelecer o funcionamento de espaços comerciais e públicos na sua integralidade. Com informações d’o Globo, Diário de Pernambuco e Agência Brasil

Impactos dos Programas de Fidelidade aos direitos dos consumidores
Próximos Eventos

Impactos dos Programas de Fidelidade aos direitos dos consumidores

No próximo dia 21 de outubro, às 19h, estarei presente ao lado do Abner Jaques, nas “Quintas Jurídicas” para falar sobre tema: “Impactos dos Programas de Fidelidade aos direitos dos consumidores”. Com mediação de Marcelo Monteiro Salomão, Superintendente do Procon Estadual de Mato Grosso do Sul e coordenador do curso de direito da Faculdade Insted/MS, o evento é gratuito e será transmitido no canal do Youtube da ESA/MS: https://lnkd.in/dZ6j3qhA As inscrições podem ser feitas pelo link: http://esams.org.br/ Estão todos convidados!  

El Consejo de Derechos Humanos declara que tener un medio ambiente limpio y saludable es un derecho humano
Notícias

El Consejo de Derechos Humanos declara que tener un medio ambiente limpio y saludable es un derecho humano

El Consejo de Derechos Humanos declara que tener un medio ambiente limpio y saludable es un derecho humano Fonte: Nações Unidas El Consejo de Derechos Humanos de la ONU declaró este viernes que un medio ambiente limpio, saludable y sostenible es un derecho humano y exhortó a todos los Estados a trabajar juntos, en conjunto con otros actores, para implementarlo. La resolución que estableció esta garantía fue aprobada con 43 votos de apoyo y cuatro abstenciones: Rusia, China, India y Japón. Costa Rica, Maldivas, Marruecos, Eslovenia y Suiza auspiciaron el texto. El Consejo también estableció, en una resolución separada, una nueva relatoría dedicada específicamente al impacto del cambio climático en los derechos humanos. La Asamblea General de la ONU discutirá próximamente el tema para considerar si adopta una resolución semejante.   Decisión histórica Tras la adopción de los documentos, la Alta Comisionada de las Naciones Unidas para los Derechos Humanos instó a los Estados a tomar medidas audaces para dar efecto “rápido y real” al derecho a un medio ambiente saludable. Michelle Bachelet llamó a que la resolución “sirva como trampolín para impulsar políticas económicas, sociales y ambientales transformadoras que protejan a las personas y a la naturaleza”. Bachelet, quien había solicitado este reconocimiento desde hace tiempo, se mostró complacida por la “histórica” decisión del Consejo y afirmó que el derecho a un medio ambiente limpio “tiene que ver con la protección de las personas y el planeta: el aire que respiramos, el agua que bebemos, los alimentos que comemos”. Degradación ambiental “También se trata de proteger los sistemas naturales, que son condiciones previas básicas para la vida y el sustento de todas las personas, dondequiera que vivan”, argumentó, destacando que la declaración de este derecho reconoce claramente la degradación ambiental y el cambio climático como crisis de derechos humanos interconectadas. Asimismo, continuó, el texto resalta que los segmentos de la población en mayor situación de vulnerabilidad se ven afectados de manera más aguda. Años de trabajo incansable La Alta Comisionada consideró que la decisión del Consejo de Derechos Humanos rinde homenaje a décadas de arduos esfuerzos de las organizaciones de la sociedad civil y de los pueblos indígenas, así como de las instituciones nacionales de derechos humanos, las empresas, los ambientalistas, los activistas y todas las personas que han abogado por el pleno reconocimiento internacional de este derecho. Para los defensores de los derechos ambientales, Bachelet pidió que los Estados los protejan y empoderen, recordando que el año pasado un número sin precedentes de ellos sufrieron ataques o fueron asesinados. Justicia ambiental La directora ejecutiva del Programa de la ONU para el Medio Ambiente (PNUMA), por su parte, aseveró que la adopción de la resolución es “un hito decisivo para la justicia ambiental”. “Este derecho tiene sus raíces en la Declaración de Estocolmo de 1972. Cinco décadas después, es muy alentador ver que se reconozca formalmente a nivel mundial mediante una resolución del Consejo de Derechos Humanos de la ONU”, abundó Inger Andersen. No pueden quitarles la naturaleza Añadió que la decisión envía un mensaje a los mil millones de niños que corren un riesgo altísimo de sufrir el impacto del cambio climático. “Un medio ambiente sano es su derecho. Nadie puede quitarles la naturaleza, el aire y el agua limpios, ni un clima estable”, acotó. Andersen se refirió a la resolución como un paso definitivo para transformar al planeta en un hogar seguro y justo para todos. La funcionaria sumó su voz a la de Bachelet para recalcar “los derechos a la vida, la libertad y la seguridad de los defensores de los derechos humanos que trabajan en asuntos ambientales”. “Las agresiones físicas, las detenciones, los arrestos, las acciones judiciales y las campañas de desprestigio son la cotidianidad de estos grupos de ciudadanos, pueblos indígenas y otros. Sólo en 2020 fueron asesinados más de 200 defensores del medio ambiente”, denunció Andersen.      

Manual de libras para ciências inova no ensino científico para surdos
Notícias

Manual de libras para ciências inova no ensino científico para surdos

“Ciência”, em libras Léo Ramos Chaves Um grupo composto por docentes e egressos da Universidade Federal do Piauí (UFPI) se uniu para criar o Manual de libras para ciências, um e-book com representações em sinais de termos específicos sobre partes das células e dos sistemas do corpo humano. No Brasil, existem 10 milhões de pessoas com algum grau de surdez, o que representa cerca de 5% da população do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O problema se desdobra para além das dificuldades auditivas, porque a falta de estrutura especializada leva a uma deficiência de oportunidades desde a infância. Um estudo realizado pelo Instituto Locomotiva em conjunto com a Semana da Acessibilidade Surda, em 2019, demonstrou que a escolaridade média desse grupo está abaixo da média nacional. Segundo a pesquisa, 7% dos surdos têm ensino superior completo, 15% terminaram o ensino médio, 46% o ensino fundamental e 32% não têm nenhum grau de instrução. Na população brasileira como um todo, essas proporções são, respectivamente, de 16,5%, 26,9%, 8,1% (fundamental completo), 33,1% (fundamental incompleto) e 6,9%, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC) do IBGE de 2018. O primeiro volume do novo manual, A célula e o corpo humano, foi lançado em agosto e disponibilizado gratuitamente na internet. O e-book apresenta cerca de 300 novos sinais que não existiam antes na Língua Brasileira de Sinais (Libras), como “glóbulos brancos”, “ureteres”, “suco pancreático” e “meninges craniais”. O livro está dividido em partes do corpo (sistema circulatório, digestivo, respiratório, reprodutor, entre outros) e, para cada termo, apresenta o nome em português, a soletração em datilologia – representação em sinais das letras do alfabeto manual – e fotografias com os sinais sugeridos. A cada página, ilustrações e textos contextualizam os assuntos.    Alexandre Affonso Sinal aberto Quando uma pessoa surda precisa lidar com termos técnicos que não contam com sinais específicos em libras, ela utiliza a datilologia. Ou seja, precisa soletrar com as mãos. “Em termos muito longos, isso é desgastante tanto para o intérprete como para o surdo”, afirma a bióloga Taiane Maria de Oliveira, que fez mestrado em biotecnologia pela UFPI e é uma das organizadoras do manual. “Dessa forma, o uso de um sinal específico vem como alternativa mais viável para auxiliar a comunicação de forma mais fácil e rápida”, defende. “Da totalidade dos sinais exibidos no manual, 85% ainda não existiam. Os 15% já existentes não modificamos”, afirma a pedagoga Ana Cristina de Assunção Xavier Ferreira, professora de libras na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e uma das colaboradoras da obra. Ela diz que, devido ao tamanho continental do Brasil, é normal que surjam sinais dentro de comunidades de surdos que não se disseminam rapidamente. A inclusão no manual de termos já existentes pode, justamente, ajudar nessa divulgação. “Contamos com a parceria do fisioterapeuta Igo Rodrigues Ferreira para uma explicação contextualizada e direcionada sobre o conteúdo do manual, para que a explicação aos surdos fosse possível”, acrescenta, ressaltando que a equipe não tinha intimidade com muitos dos conceitos expostos. Justamente pela importância de a comunidade surda estar aberta aos novos sinais propostos, alunos surdos do curso de letras-libras da UFPI prestaram consultoria para o trabalho. “Foi imprescindível a participação deles”, afirma o biólogo Jesus Rodrigues Lemos, colaborador do manual. Ele conta que quando se faz qualquer material em libras, o trabalho precisa ter a parceria dos surdos, os principais interessados e usuários, pois só assim será aceito e validado na comunidade.  “A ideia de criar o Manual de libras para ciências surgiu dentro do campus de Parnaíba, que é a segunda maior cidade do estado”, conta o cientista econômico Ricardo Alaggio, diretor da Editora da UFPI (EDUFPI), que publicou a obra. “A ideia se potencializou porque temos um curso de licenciatura em libras/língua portuguesa no campus de Teresina, um dos poucos entre as universidades federais”, afirma. “De início, a proposta do grupo de organizadores do manual era apresentar o material à Secretaria de Educação do Piauí para que fosse adotado pelas escolas estaduais, dando ênfase à versão impressa”, relata Ferreira. “No entanto, por causa do contexto atual da pandemia da Covid-19, tivemos que optar para o formato e-book, inclusive porque a editora estava com restrições ao trabalho presencial”, explica.   Alexandre Affonso Segundo o biólogo Bruno Iles, um dos organizadores do livro, o manual foi criado para as turmas de oitavo ano do ensino fundamental. “É uma forma prática para que elas possam entender os sinais e usá-los durante as aulas”, diz. De acordo com ele, o mesmo conteúdo pode ser abordado em outras séries e até mesmo no ensino superior, porque ainda não há material similar no Brasil. A equipe do Piauí não foi a única a notar a necessidade de sinais específicos para surdos. O grupo da fisioterapeuta Nilza Nascimento Guimarães, da Universidade Federal de Goiás (UFG), investigou as dificuldades de alunos surdos no processo de ensino e aprendizagem de anatomia em cursos de graduação da área da saúde, por meio de entrevistas com docentes e intérpretes de libras. “Em todos os aspectos, alunos, professores e intérpretes concordaram que a maior dificuldade ocorreu pela falta de sinais específicos para a anatomia”, informa o artigo publicado em abril deste ano na revista Research, Society and Development.  “A experiência em lecionar para alunos surdos me levou a criar uma linha de pesquisa nessa área”, conta Guimarães. “Percebemos que, por não haver sinais para a terminologia médica, a tradução pelos intérpretes tornava-se complexa e lenta. Ocorria um atraso imenso no tempo da aula e a aprendizagem dos alunos surdos era difícil, levando muitos a desistir dos cursos. Os entrevistados em nossa pesquisa relataram que realizar um sinal específico seria muito mais rápido do que usar datilologia.”  A fisioterapeuta e seus colegas trabalham no desenvolvimento do Dicionário de sinalização tática de mãos para códigos e terminologia médica, que será um compêndio reunindo sinais já existentes e sugerindo outros. “Estamos investigando o que existe em outros idiomas e criando um banco de

FAPESP lança iniciativa de mentoria para consolidação da carreira em pesquisa
Notícias

FAPESP lança iniciativa de mentoria para consolidação da carreira em pesquisa

Agência FAPESP – A FAPESP lança nesta quinta-feira (23/09), às 10 horas, a Iniciativa de Mentoria para Consolidação da Carreira em Pesquisa, uma série de eventos periódicos on-line organizada com o objetivo de consolidar a carreira de pesquisadores na academia, na indústria e no governo. “A FAPESP entende que a solidez de nosso sistema de CT&I depende não apenas do aprofundamento da expertise no fazer da ciência, mas em todas as esferas que se associam a essa atividade”, afirma o diretor científico da Fundação, Luiz Eugênio Mello. Integram a programação diversas atividades on-line (mentoriapd.fapesp.br), incluindo vídeos, que complementam a formação científica dos bolsistas e estão organizadas em cinco módulos: A FAPESP e o sistema de pesquisa do Estado de São Paulo (módulo 1); Consolidação da carreira científica (módulo 2); Treinamento em ética e integridade da pesquisa (módulo 3); Treinamento como assessor ad hoc em fomentos à pesquisa científica e tecnológica (módulo 4); e Tópicos específicos para subsidiar as atividades relacionadas à carreira de pesquisadores nas áreas de ciência, tecnologia e inovação (módulo 5). O módulo 1 situa a FAPESP no sistema de pesquisa do Estado de São Paulo; o módulo 2 trata da carreira do pesquisador, gestão de dados, coautoria em publicações, criação e organização de núcleos de pesquisa, produção de artigos científicos, preparação do orçamento da pesquisa, entre outros temas; e, o módulo 3, aborda temas como ética, integridade e boas práticas em pesquisa. O módulo 4 se refere ao processo de avaliação de propostas submetidas à FAPESP, critérios de revisão, confidencialidade e conflitos de interesse, com o objetivo de preparar assessores ad hoc da Fundação. E, o módulo 5, reunirá referências e indicações relacionadas às possibilidades de carreira nas diversas áreas do conhecimento. O evento de lançamento será aberto pelo diretor científico da FAPESP e os objetivos da iniciativa serão apresentados por Catarina Segreti Porto, membro da assessoria da Diretoria Científica. Os módulos serão apresentados por Roberto Marcondes Cesar Junior, coordenador do Programa Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs); Anamaria Aranha Camargo, da Coordenação Adjunta – Ciências da Vida; Marie Anne Van Sluys, da Coordenação Adjunta – Programas Especiais e Colaborações em Pesquisa; Martha Teresa da Silva Arretche, da Coordenação Adjunta – Ciências Humanas e Sociais, Arquitetura, Economia e Administração; Luiz Henrique Lopes dos Santos, da Coordenação Adjunta – Divulgação Científica – Ética e integridade da pesquisa; e Fábio Kon, da Coordenação Adjunta – Ciências Exatas e Engenharia.   Este texto foi originalmente publicado por Agência FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.

Como devastação e aquecimento podem fazer Brasil deixar de ser potência agrícola global.
Notícias

Como devastação e aquecimento podem fazer Brasil deixar de ser potência agrícola global

Paula Adamo Idoeta Da BBC News Brasil em São Paulo O Brasil viverá, nas próximas décadas, secas cada vez mais prolongadas, temperaturas mais altas e extremos climáticos que terão um profundo impacto na forma como sobrevivemos e produzimos energia e comida. Na prática, o clima vai mudar tanto a vida nas cidades grandes quanto a produção agrícola – causando o risco de o Brasil perder o status de gigante global na produção de alimentos. E a responsabilidade disso recai sobre o avanço do desmatamento, aliado às (e potencializado pelas) mudanças climáticas no mundo inteiro. A avaliação é do cientista do clima Carlos Nobre, que já foi pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), coordena o Instituto Nacional de Tecnologia para Mudanças Climáticas e é um dos principais especialistas do tema no Brasil. Nobre conversou com a BBC News Brasil para comentar os dados recém-divulgados pela organização MapBiomas, que mostram que a superfície de área com água no Brasil ficou 15% menor desde o início dos anos 1990 – esses 3,1 milhões de hectares perdidos equivalem a uma vez e meia à superfície de água de todo o Nordeste. A maior perda (absoluta e proporcional) de superfície de água na série histórica analisada pelo MapBiomas ocorreu no Mato Grosso do Sul, com uma redução de 57%. Enquanto isso, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais identificou que os focos de incêndio neste ano até agora cresceram, em relação ao mesmo período no ano passado, na Mata Atlântica, no Cerrado e na Caatinga – neste último, o aumento foi mais de 100%. Na Amazônia, o Instituto Imazon aponta que o acumulado do desmatamento na floresta nos últimos 12 meses até julho atingiu a pior marca dos últimos dez anos. Todos esses dados estão interligados: quanto mais avança o desmatamento – em conjunto com o aumento das temperaturas globais -, menores ficam as temporadas de chuva no Brasil. “Há estudos que mostram claramente que as chuvas estão diminuindo em áreas altamente desmatadas, e as estações secas estão mais longas”, explica Nobre. “No sul da Amazônia, as secas já estão de três a quatro semanas mais longas, com menos chuvas e temperaturas cerca de 3°C mais altas.” O grande problema é que, em áreas desmatadas, perde-se a capacidade de reciclar água, o que intensifica as secas. “Há menos vegetação e raízes para absorver a água, transpirá-la e jogá-la de volta à atmosfera”, diz o cientista. Portanto, quanto mais incêndios e florestas derrubadas, mais seco e quente o clima ficará no curto e no longo prazo. Embora ainda não seja possível saber se esses efeitos serão permanentes, a secura do clima vivida neste momento em grande parte do Brasil – parte de uma tendência já observada nos últimos anos – é uma espécie de “fotografia do que será o clima do Brasil no futuro”, observa Nobre. No “melhor dos cenários”, diz ele, a redução das chuvas será de 10%. “Mesmo que consigamos manter o máximo de aumento da temperatura (global) em 1,5°C, que é o plano mais ambicioso da Convenção das Mudanças Climáticas (o chamado Acordo de Paris), devemos estar preparados para uma estação de chuvas mais curta e uma estação de secas mais longa na maior parte do Brasil.” Os impactos disso foram observados pelo coordenador do MapBiomas água, Carlos Souza Jr. “As evidências vindas do campo já indicam que as pessoas já começaram a sentir o impacto negativo com o aumento de queimadas, impacto na produção de alimentos, e na produção de energia, e até mesmo com o racionamento de água em grandes centros urbanos”, afirmou Souza no comunicado emitido pela organização. Semi-deserto no Nordeste e savana na Amazônia As regiões do Brasil a serem mais afetadas pelas secas prolongadas serão o Norte, o Centro-Oeste e o Nordeste, segundo Nobre. No Nordeste, caso a temperatura global continue aumentando, o perigo é “mais de 50% da região virar um semi-deserto”, em vez do semiárido atual, explica o cientista. O alerta já havia sido dado, no início de agosto, pelo relatório mais recente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC na sigla em inglês): “O Nordeste brasileiro é a área seca mais densamente povoada do mundo e é recorrentemente afetado por extremos climáticos”, destacou o texto. O impacto será direto na vida de ao menos 10 milhões de pessoas que vivem atualmente na agricultura e pecuária nordestinas. Isso porque um Nordeste semi-desértico “não terá agricultura como se pratica hoje. Poderia haver só um pouco de agricultura à beira do rio São Francisco, mas mesmo a vazão do São Francisco vai diminuir, afetando também o potencial de geração de energia elétrica”, diz Nobre. É um exemplo da crise hídrica vivida em todo o Brasil e que já impacta a produção de energia pelas hidrelétricas do país, leva a aumento nos custos das contas de luz pagas pelos consumidores e força o uso de usinas termelétricas – que, por sua vez, são mais poluentes e contribuem para mais emissão de gases do efeito estufa. Enquanto isso, na Amazônia, o perigo identificado por pesquisadores como Carlos Nobre é com o iminente risco de a região virar uma savana – perdendo, portanto, as características únicas de uma floresta tropical. “Vários estudos mostram que se continuarmos a desmatar, vamos passar do que chamamos de ponto de não retorno – um ponto irreversível de savanização”, diz Nobre. Espécies animais e vegetais únicas do Brasil serão perdidas no processo. “Antes, víamos uma mega-seca a cada 20 anos na Amazônia; agora são duas secas por década.” Em julho, um estudo publicado na revista Nature, que teve participação do Inpe, apontou que, por conta do desmatamento e das queimadas, a Amazônia já está emitindo mais CO2 do que consegue absorver. “Precisamos zerar o desmatamento a jato (rapidamente), em poucos anos, no que talvez seja o maior desafio que o Brasil pode enfrentar”, opina Nobre. Saúde humana e agricultura Se sentimos (literalmente) no corpo os efeitos do clima mais seco na saúde, a produção agrícola também vai viver os impactos da escassez de água,

Amazônia, uma savana inóspita até 2100
Notícias

A espécie de árvore que pode compensar emissões da indústria da carne no Brasil

Ellen Nemitz BBC Future As vacas têm uma relação próxima com o metano. À medida que o mamífero segue sua vida, pastando ou ruminando à sombra de uma árvore, normalmente emite de 70 a 120 kg do gás por ano. O metano é um potente gás de efeito estufa, retendo calor na atmosfera com muito mais eficiência do que o CO2. Para reduzir essas emissões, que contribuem para o aquecimento do planeta, adotar uma dieta à base de vegetais tem se mostrado uma solução eficaz na escala individual (já que um terço do dióxido de carbono é emitido por 20 empresas), e ao se reduzir o consumo de carne bovina em particular, por ser uma carne com alto teor de carbono. Mas o apetite humano por carne bovina, ainda assim, vem crescendo de forma contínua há décadas: hoje, cerca de 72 milhões de toneladas são produzidas por ano. Isso é cerca de 12,5 vezes o peso da pirâmide de Gizé, no Egito. Um país com grande incentivo para tornar sua carne mais sustentável é o Brasil, o maior exportador mundial de carne bovina, fornecendo quase 20% das exportações mundiais. Carne de carbono neutro no Brasil Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vêm buscando uma forma de neutralizar as emissões do enorme rebanho bovino do país — culminando em 2020 com o selo de certificação Carne Carbono Neutro. Em vez de simplesmente comprar crédito de carbono para compensar as emissões (uma abordagem que pode ser repleta de dificuldades), a Embrapa tem como objetivo tornar o processo de criação de gado neutro em carbono dentro da fazenda, na esperança de poder tornar a indústria de carne bovina do país mais sustentável. O incentivo do Brasil para “limpar” a indústria não se deve apenas às emissões de carbono. O país um dos líderes em desmatamento, sendo a criação de gado um dos principais fins comerciais da terra desmatada. Em todo o mundo, 2,11 milhões de hectares de floresta são perdidos a cada ano para as vacas pastarem. O desmatamento para a pecuária libera cerca de 6% dos gases de efeito estufa do mundo, incluindo o gás de efeito estufa de longa duração CO2, assim como o metano das vacas e o metano emitido do solo. Enquanto isso, a perda da cobertura vegetal reduz a biodiversidade e aumenta o risco de que novas doenças restritas a animais selvagens “saltem” para os humanos. O selo Carne Carbono Neutro da Embrapa prevê o plantio de árvores de eucalipto na mesma área onde o gado pasta. Acredita-se que cerca de 250 a 350 árvores por hectare seja o número ideal para manter as fazendas brasileiras financeiramente viáveis, produzindo 25 metros cúbicos de madeira por hectare por ano, de acordo com estudos de pesquisadores da Embrapa. Com isso, é possível sequestrar até cinco toneladas de carbono — o equivalente às emissões de cerca de 12 bovinos adultos. No total, essas árvores ocupam cerca de 10% a 15% da área, plantadas a cada 2 metros em fileiras com algo entre 14 metros e 22 metros de distância. Isso também pode tornar a fazenda mais produtiva, diz Roberto Giolo de Almeida, que comanda a equipe da Embrapa. Na pecuária tradicional brasileira, há normalmente cerca de um animal pastando por hectare de terra. Pasto com árvore Ao plantar árvores, a qualidade do pasto, na verdade, melhora. Com a sombra feita pelas árvores, parte da grama recebe menos luz solar. E reage investindo mais na fotossíntese, produzindo mais cloroplastos, organelas onde ocorre a fotossíntese. São essas organelas que contêm clorofila — a molécula que dá cor às plantas verdes. Uma planta enriquecida em cloroplastos possui um teor mais alto de nitrogênio, necessário para a produção de proteínas, e por isso se torna mais nutritiva para as vacas. A equipe de Giolo de Almeida descobriu que pastagens com árvores podem suportar até o dobro de gado por causa do pasto superior. E as vacas também engordam mais rápido — além de uma nutrição melhor, contam com a vantagem adicional de que as árvores oferecem alguma sombra para escapar do calor intenso durante o dia. Normalmente, uma vaca criada em um pasto com árvores vai chegar a 250 kg de carne em dois anos — uma produtividade cerca de 30% maior do que a esperada em sistemas tradicionais, diz ele. Isso significa que os animais passam menos tempo pastando antes do abate, dando a eles menos tempo para emitir metano. Quando as árvores estão maduras, são cortadas para serem vendidas e novas mudas as substituem. Richard Eckard, professor de agricultura sustentável da Universidade de Melbourne, na Austrália, que conhece o projeto da Embrapa, mas não está envolvido nele, vê muitas vantagens no uso do eucalipto, árvore nativa da Austrália de rápido crescimento. “Se você cortar essas árvores e transformá-las em madeira para serraria, se você construir casas ou móveis, pelo menos dois terços do carbono permanecerá fora da atmosfera indefinidamente ou pelas próximas centenas de anos”, diz Eckard. Até o momento, a Embrapa não realizou estudos sobre o uso de árvores nativas para absorver carbono — normalmente elas demoram mais para crescer. No entanto, um projeto chamado selo Carbono Nativo está começando a investigar se árvores nativas podem um dia ser usadas em um esquema semelhante. E no sul do Brasil, um experimento em andamento visa introduzir a Araucária, um símbolo nativo da região ameaçado de extinção, em pastagens de gado integradas a áreas de cultivo. Esses sistemas de combinar pecuária e plantio de árvores não possuem apenas uma “receita”, diz a agrônoma Claudete Reisdorfer Lang, professora da Universidade Federal do Paraná, que lidera a pesquisa. “[Depende] dos diferentes componentes — lavouras, árvores, animais, entre outros”, diz ela, assim como das maneiras como as diferentes partes do sistema são integradas no campo. E combinar gado e plantação de árvores pode não ser uma abordagem que funcione em qualquer lugar, observa Eckard — cada área tem seu próprio clima e solo e precisa de sua própria solução. Apesar disso, Giolo de Almeida

FAPESP lança iniciativa de mentoria para consolidação da carreira em pesquisa
Notícias

Fiocruz recomenda vacinação de adolescentes para volta ao ensino presencial

‘Não há razão para acreditar que as vacinas não devam ser igualmente protetoras contra a Covid-19 em adolescentes como são em adultos’, explica especialista. Reabertura de escolas deve estar associada a outras medidas, como uso de máscara e distanciamento físico de 1,5 metro. Um levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recomenda a vacinação de jovens de 12 a 18 anos para o retorno mais rápido ao ensino presencial e à prática de esportes e outras atividades. Para a coordenadora do grupo de trabalho criado sobre o assunto e assessora da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS), Patrícia Canto, a vacinação de adolescentes pode reduzir significativamente o fechamento prolongado de turmas, escolas e interrupções de aprendizagem. “O risco de afastamento dos menores de 18 anos de suas atividades normais como escola e eventos sociais pode se revelar um risco maior do que o da própria Sars-CoV-2 para eles. Não há razão para acreditar que as vacinas não devam ser igualmente protetoras contra a Covid-19 em adolescentes como são em adultos e, em conjunto com as medidas de distanciamento e uso de máscaras, propiciem um retorno às aulas ainda mais seguro”. O documento é uma versão atualizada e ampliada de um conjunto de orientações e recomendações sobre as atividades escolares publicado em março. O material, segundo a Fiocruz, é baseado em evidências e informações científicas e sanitárias, nacionais e internacionais. A nova edição traz, entre outros temas, novos elementos, com questões como: a vacinação de crianças e adolescentes; a transmissão aérea da Covid-19; os possíveis riscos em ambientes fechados e como enfrentá-los. Para os pesquisadores, em um cenário de alta transmissão comunitária do coronavírus, o funcionamento das escolas precisa estar associado à manutenção de outras medidas, como: ventilação e melhoria da qualidade do ar dos ambientes; uso de máscaras com comprovada eficácia; definição de estratégia para rastreamento e monitoramento de casos e contatos na escola e medidas para suspensão de atividades presenciais; manutenção do distanciamento físico de, pelo menos, 1,5 metro; e orientações sobre higienização contínua das mãos. A Fiocruz defende ainda que a decisão sobre o melhor momento para a reabertura deve seguir as orientações dos indicadores epidemiológicos e quem tiver com algum com sintoma respiratório deve permanecer em casa. Para os especialistas, o plano de retorno às atividades presenciais de ensino deve ser aprovado após ampla discussão com a comunidade escolar e continuamente atualizado, e deve envolver alunos, crianças, adolescentes ou adultos na tomada de decisões. Fonte: G1

Aberto Concurso em SP para todos os níveis de escolaridade
Notícias

ProUni 2021 abre matrículas para pré-selecionados na lista de espera

Fonte: UOL Educação ProUni 2021 abre matrículas para pré-selecionados na lista de espera Começa hoje o período para a comprovação de informações da inscrição e matrícula dos candidatos pré-selecionados na lista de espera do ProUni (Programa Universidade para Todos), para o segundo semestre de 2021. O prazo para os estudantes comparecerem às instituições de ensino termina na sexta-feira (27). A lista com o nome dos selecionados e o cronograma do programa podem ser acessadas no site do ProUni. No total, o programa oferece 134 mil bolsas, sendo 69.482 integrais e 64.847 parciais. São bolsas para 10.821 cursos em 952 instituições de ensino, localizadas em todos os estados e no Distrito Federal. Após as duas chamadas regulares, os estudantes inscritos também tiveram a oportunidade de participar da lista de espera. Caso as bolsas não sejam preenchidas nesta fase, o Ministério da Educação poderá ainda ofertar as vagas remanescentes em um novo edital. O ProUni é o programa do governo federal que oferece bolsas de estudo, integrais e parciais (50%), em instituições particulares de educação superior. Para ter acesso à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar Para ter acesso à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo (R$ 1.650 atualmente) por pessoa. Para a bolsa parcial, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos (R$ 3.300) por pessoa. É necessário também que o estudante tenha cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou da rede privada, desde que na condição de bolsista integral. Professores da rede pública de ensino também podem disputar uma bolsa, e, nesse caso, não se aplica o limite de renda exigido dos demais candidatos. É preciso que o candidato tenha feito a edição mais recente do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), tenha alcançado, no mínimo, 450 pontos de média das notas e não tenha tirado zero na redação.

Rolar para cima